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sábado, 31 de dezembro de 2011

UMA DIVAGAÇÃO SOBRE A VIDA

Por Lilith Ashtart – São Paulo – SP © lilithashtart@gmail.com

"Ninguém poderá jamais aperfeiçoar-se, se não tiver o mundo como mestre. 
A experiência se adquire na prática.”
William Shakespeare

A vida é como um livro do qual conhecemos apenas o momento final da história, mas que percorremos ansiosos, para decifrar todas as passagens que nos direcionará até lá. Alguns apenas esperam os capítulos virem; outros, o presume antecipadamente e acabam por se decepcionar; há quem pule muitos capítulos, e ainda aqueles que constroem um novo entendimento em cima do que lêem, reescrevendo a história conforme sua vontade. As vitórias, as incertezas, as derrotas, enfim, os acontecimentos da forma como serão vivenciados, dependerão apenas do possuidor do livro, e não de quem o teve primariamente em mente. Há uma co-autoria indissociável entre aquele que o imaginou e determinou sua conclusão, e aquele que escreve os capítulos anteriores a tal acontecimento.
Cada ser humano é responsável pela construção de seus próprios caminhos, afinal, “cada homem e mulher é uma estrela”, e possui seu próprio brilho, espaço e tempo. Seria possível afirmar que a experiência de um é a única fonte de despertar no outro suas reais capacidades? Seria vivenciada de igual forma, com tempo e resultado equivalentes? A Verdade é única, e apesar de não se adaptar a ninguém, pode ser descoberta de diversas maneiras. Desta forma, como seria possível existirem dois livros exatamente iguais? Apesar disso, é facilmente constatado o culto e desejo da humanidade em reduzir todos a um único tipo de ser.
Reduzir a diversidade que é inerente à Natureza a uma unidade é destruir a própria unidade em si, já que cada indivíduo é único por si mesmo. Este é o grande erro pelo qual a humanidade sempre caminhou, desde o momento em que impôs uma lista de condutas e éticas na esperança de tentar, através da unicidade, possuir o controle sobre todos de igual maneira. O mesmo ocorre com as grandes religiões e linhas que exigem entre todos os seus adeptos o mesmo comportamento através de um padrão excessivamente rígido, o que termina por direcionar suas atitudes e pensamentos, limitando a descoberta das reais essências de cada um, ao invés de incitá-las. "Há loucos em todas as seitas e impostores na maioria. Por que eu deveria acreditar em mistérios que ninguém entende, só porque foram escritos por homens que escolheram confundir loucura com inspiração e que se auto-denominam evangelistas?" (Lord Byron). Todos em suas visões são os escolhidos, e classificam qualquer um que não se encaixe em suas liturgias como incapazes e perdidos. A verdade é que a repressão e a opressão da manifestação das particularidades de seus membros através da imposição de uma postura única e inflexível contribuem apenas para o retrocesso e aprisionamento dos mesmos em suas ilusões, o que os fada ao fracasso, já que anulam o eu individual para se enquadrarem no estigma de um grupo.
Como poderia a transformação ser adquirida por alguém que não consegue mais distinguir sua própria essência das dos demais? Que se identifica como mais um número em meio à multidão, sem que nenhum tipo de questionamento crítico seja elaborado perante uma “eterna e imutável verdade” pronunciada? A identidade passa a ser substituída por um modelo do ideal, que nem sempre corresponde à realidade, já que a própria realidade é relativa quando é constatada por cada um. A negação do eu individual, e da própria natureza humana, não pode ser reprimida sem conseqüências. Os comportamentos ditados embutem nas pessoas um eterno estado de conflito. Este mesmo conflito, mal administrado, traz como resultado uma prisão ainda maior do indivíduo em si, através do medo, da loucura, da violência ou da manipulação. Jung já observara que “um homem não é completo quando ele vive em um mundo de verdades estatísticas”, que o impede de experimentar seus próprios valores, “o plano de fundo de sua própria personalidade”.
É apenas através da diversidade que conseguimos encontrar as várias “expressões” com que o inconsciente coletivo universal se apresenta de uma forma inteligível. Foi este princípio que originou os tantos arquétipos, trabalhados até hoje para o desenvolvimento e descoberta da psique humana, seja através da psicologia ou da própria magia. As várias tonalidades precisam ser individualizadas para existirem, mesmo sendo parte de um todo! É certo que nem todas estas expressões obrigatoriamente encaminharão o indivíduo a sua evolução, mas quem pode lhe escrever as páginas? Apenas a experiência vivida por cada um. É do auto-aprendizado, e somente dele, que nasce a sabedoria. “Seguir” é abster-se de si mesmo, e incorporar o outro. Definir-se como algo é acabar por limitar-se. Cada um possui o livre-arbítrio de sua escolha e, seja o que escolher, que seja verdadeiramente, e sem medos! Mephistopheles já alertara a Fausto de que nada vale o eterno criar, se a criação em nada acabar. Então, que cada um construa seu próprio reinado e dele se torne monarca e deus! E este reinado nada mais é do que a própria vida. Portanto, fique alerta para não se tornar apenas um subalterno de outro rei...
Sendo um veículo tão importante e primordial, me pergunto por que o medo e a preocupação com a morte, que nem ao menos um capítulo é dela, apenas seu desfecho e início de um novo livro. A curiosidade faz parte da natureza humana, e foi a responsável por todo o conhecimento que adquirimos até hoje. Não há mal de se divagar sobre a morte, querer conhecer seus ainda não escritos capítulos, porém não devemos nos preocupar em iniciar um novo livro antes de escrever o atual. Deixar de viver a vida por causa de vãs suposições, é já estar morto em vida! As aspirações que devemos ter têm que encontrar suas realizações aqui e agora, embora, muitas delas não sendo momentâneas, nos acompanharão eternamente. E é nisto que reside nossa maior responsabilidade, para se obter uma verdadeira liberdade. 
Alguns me perguntarão: “E Deus, onde entra em nossa vida?”. Eu responderia que ele está morto em quem não consegue fazê-lo pronunciar-se em si mesmo. Cada um de nós é uma manifestação da divindade, e a própria vida é a prova disso. Contudo, aflorar nossa essência, é única responsabilidade nossa. Um deus atemporal nada necessita de temporal, então, as únicas recompensas que obteremos serão aquelas direcionadas a nós mesmos, através de nossos atos. Em não ver deus em si mesmo, mas apenas como uma força exterior, é que reside a adoração aos falsos ídolos tão pronunciada de forma distorcida em diversas culturas. Que a vida então seja uma eterna adoração do único deus real, que é aquele que se confunde com nós mesmos! Que a utilizemos para em nossas páginas escrevermos hinos, sabedorias, transmutações e concretizações, ao invés de sonhos! E assim, quando finalizarmos nosso livro, seremos dignos e mais sábios para compor o próximo.
Como nos lembrou Maquiavel: "Nada é mais difícil de executar, mais duvidoso de ter êxito ou mais perigoso de manejar do que dar início a uma nova ordem de coisas. O reformador tem inimigos em todos os que lucram com a velha ordem e apenas defensores tépidos nos que lucrariam com a nova ordem."
Sem desejar procurar por inimigos ou defensores, escolho o que dá sentido a minha vida, já que todo novo recomeço necessita de uma nova ordenação das coisas...



Fonte:http://luciferianism.cjb.net/

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

O Sacrifício sob a ótica Luciferiana e Satânica

Poor Lilith Ashtart
Copyright MCN: E344P-G4W5B-CF93A

Neste tópico trataremos sucintamente a respeito de um tema muito polêmico que é a realização do sacrifício nos rituais Luciferianos e Satânicos. Não há como deixar de tratar deste assunto aqui, já que muitas vezes a mídia, pouco interessada em conhecer o assunto, vincula como sendo sacrifícios satânicos os rituais de outras crenças, como por exemplo, a quimbanda e o candomblé, ou mesmo o ato praticado por pessoas pouco saudáveis mentalmente, comprometendo toda uma filosofia. Este não é um tópico para defender o satanismo, classificando-o de “a boa filosofia”. É apenas um tópico que relatará os fatos como estes realmente são. 
A visão Luciferiana a respeito do sacrifício não está relacionada à do sacrifício físico, mas sim do sacrifício simbólico. Um Luciferiano sabe que o sacrifício físico é totalmente desprovido de sentido, não cooperando em nada para sua evolução. Sob a ótica Luciferiana, o sacrifício tem que vir de si mesmo, simbolicamente: o sacrifício de medos, costumes, idéias, sentimentos ou qualquer fator que interfira negativamente na descoberta ou realização de nossa verdadeira Vontade. 
Sendo assim, o sacrifício não é apenas realizado pelo Luciferiano como parte de seus rituais, mas sim em todos os momentos de sua vida, por sua escolha. 
Quase todos os grupos satânicos tratam desta questão. Apresentarei aqui a visão dos maiores expoentes de suas respectivas denominações, embora nada deva ser generalizado. Esta é uma importante advertência, ainda mais quando tratarmos do Satanismo Tradicional. 
O Satanismo moderno apresenta em sua obra básica, “The Satanic Bible” de Anton Szandor LaVey, um subtítulo dedicado exclusivamente a este assunto: “Sobre a escolha do sacrifício humano”. Neste texto LaVey critica o sacrifício tanto humano como animal alegando que um magista verdadeiro deve ser capaz de retirar toda a força necessária para um ritual de si mesmo, de seu próprio corpo, ao invés de através do sacrifício de uma vítima que não está ali por sua própria vontade. A visão sobre o sacrifício humano fica bem clara nesta passagem: “O uso do sacrifício humano em um ritual satânico não implica em ser o sacrifício utilizado para “apaziguar os deuses”. Simbolicamente a vítima é destruída através de trabalhos de feitiçaria ou maldição, que levam a uma destruição mental ou emocional do “sacrificado” de maneira que não seja atribuída ao magista.” Este enfoque em o ritual não ser utilizado para apaziguar os deuses têm sua explicação já mencionada anteriormente, quando tratamos das denominações Luciferianas. O Satanista moderno, não acreditando em um deus além dele mesmo, não atribui sentindo em um sacrifício realizado a alguém. 
O assunto também é tratado no subtítulo “As onze regras satânicas da Terra”. Entre estas regras, as três últimas reafirmam o que foi dito acima. 
No Satanismo Tradicional este é um tópico que requer certo cuidado para ser tratado, para evitar como dito acima, que ocorra generalização. Isto porque é aqui que se encontra a única exceção dentro do Satanismo que defende o sacrifício, a Order of Nine Angles (ONA). Embora ela seja o maior expoente do Satanismo Tradicional, não conheço nenhum outro grupo sério desta denominação que compartilhe da mesma visão. Eu mesma tenho a ONA como uma de minhas principais influências, embora não concorde apenas com sua visão sobre o sacrifício (minha visão é a Luciferiana), mas com outros pontos também. Muitos devem se perguntar: mas se não concorda com tantas coisas, como pode tê-la como influência? E é nesta resposta que se encontra o exemplo da aplicação de muito que já foi discutido acima: eu não aceito uma visão por inteiro, sem questionar, mas antes filtro o que ela traz de útil em si para ser utilizado. Lembre-se que o que é útil para mim, nem sempre é para os outros, por isso apenas podemos julgar sob nosso ponto de vista, mas não como sendo a única verdade. É por isso que colocarei esta visão aqui, para que cada um julgue conforme a sua verdade, sendo que a minha já foi exposta acima. 
A ONA trata do sacrifício em vários de seus manuscritos, tanto o animal como o humano, como por exemplo, em “A Gift for the Prince - A Guide to Human Sacrifice”, “Sacrifice”, “Culling - A Guide to Sacrifice I & II”, “Guidelines for the Testing of Opfers”, “Victims - A Sinister Exposé”, “A Complete Guide to the Seven-Fold Way”, entre outros. 
O sacrifício de um animal é visto como algo necessário para que o neófito realize antes de sua iniciação. Este animal, contudo, deve ser selvagem, e ser caçado com armas primitivas, sendo proibido o uso da arma de fogo. O mesmo animal deve ser consumido após sua caça. Com isso espera-se que o neófito sinta as adversidades, exercite seu pensamento e lógica, tenha uma variada quantidade de sentimentos, e consiga lidar com eles, desenvolvendo seu lado “negro” para sair do que é comumente experimentado no ordinário. 
Quanto ao sacrifício humano, eles o classificam em três tipos: os voluntários, os involuntários e aqueles que ocorrem, por exemplo, durante uma guerra. O sacrifício voluntário envolve uma vítima que se submete por sua própria vontade ao ritual, dedicado a Lúcifer ou à sua noiva na tradição satânica, Baphomet. Este tipo de sacrifício ocorreria a cada dezessete anos, em um ritual denominado de “Ceremony of Recalling”. O membro do grupo se ofereceria por acreditar que esta vida é apenas um portal para o acausal, que não apenas é importante saber como viver, mas também como e a hora de morrer, e que aquela seria este momento. O escolhido atingiria então o grau de Immortal, vivendo no acausal onde teria a função de atingir a mente dos não-iniciados. 
Tratando-se de um sacrifício involuntário, as vítimas então seriam escolhidas não pelo desejo de algum dos participantes, mas principalmente através de testes que revelassem sua verdadeira natureza. As pessoas envolvidas não saberiam (logicamente) que estariam sendo testadas, e aquela que não correspondesse ao esperado seria a escolhida. Estes testes seriam como que incidentes que ocorrem no dia-a-dia, nos quais as qualidades pessoais deveriam se sobressair. Um dado importante encontra-se no manuscrito “Satanism, Sacrifice and Crime - The Satanic Truth” : a vítima nunca será uma criança. A explicação deste fato está em que é necessário que a pessoa tenha pelo menos o mínimo de idade para ser capaz de fazer suas próprias escolhas, e analisar suas conseqüências. Na ONA, a idade mínima para uma pessoa se tornar neófita é a de dezesseis anos, quando então ela já poderá começar a trilhar seu próprio caminho. Antes disso, embora haja cerimônias de batismo, por exemplo, será apenas uma simbologia utilizada pelos pais, mas a crença nunca deverá ser imposta no futuro, ela deve ser de única escolha do indivíduo. 
Muitas histórias já ocorreram de problemas envolvendo as práticas de tais atos em diferentes países, principalmente nos Estados Unidos, alguns deles tendo ligação supostamente com a ONA. Digo supostamente, pois não posso afirmar a veracidade destes fatos, embora eles tenham vindo até o meu conhecimento. O fato é que entre os meios utilizados para este tipo de sacrifício estão as utilizações de três métodos: o primeiro através de magia, o segundo diretamente através do sacrifício da vítima em um ritual, e o terceiro através de assassinato ou “acidente”. 
O argumento utilizado pela ordem para justificar tais atos são vários, entre eles o de estarem eliminando os fracos e a “doença” do mundo, e que o que fazem não é criminal, já que o crime deveria ser julgado pela intenção da realização do ato, e não o ato em si. 
A intenção final seria a de conduzir esta energia que é liberada durante o sacrifício para um determinado fim, armazená-la em alguma peça, como por exemplo, um cristal, ou ainda deixá-la se perder pela natureza. O único manuscrito que diz que este sacrifício poderia também apenas ser simbólico é o “Sacrifice”, talvez já um escrito que responda de certa forma as conseqüências que um ato deste pode ter.



Fonte:http://luciferianism.cjb.net/

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Luciferanismo

O Luciferianismo, não possuindo uma divulgação tão grande quanto o Satanismo, ainda é muito desconhecido, e até mesmo mal interpretado pela maioria das pessoas. Enquanto muitos o julgam como sendo uma religião das trevas, na verdade não há título mais injusto do que este para ser-lhe atribuído; isto porque esta filosofia é centrada na procura da Iluminação (Divindade) pessoal através do caminho do conhecimento e da sabedoria. Que religião obscura teria um propósito tão nobre?


O Luciferiano, adotando Lúcifer como seu referencial, almeja alcançar as qualidades que este Ser representa, a saber: sabedoria, conhecimento, orgulho, liberdade, vontade, desafio, independência e iluminação. Ele está sempre procurando por seus limites para poder alcançá-los, e então transcendê-los, sabendo que este é o único caminho para sua evolução. Nossa essência divina não é algo pronto: ela está dentro de nós, mas precisamos desenvolvê-la para que ela possa despertar. Devemos nos lembrar que somos os únicos responsáveis por nossa própria evolução, e por isso outra característica fundamental dos Luciferianos é a capacidade de discernimento. Afinal, embora no Luciferianismo nada seja proibido, sabemos que nem tudo nos convém. Ao realizarmos um ato, devemos estar preparados para suas conseqüências.


Uma questão que surge freqüentemente é o por que da utilização de um nome que nos remete ao cristianismo, ao demônio cristão, já que é defendido por todos os Satanistas, e conseqüentemente Luciferianos, uma independência em relação a este conceito.


Há duas respostas possíveis, e ambas são verdadeiras.


A primeira, e primordial, é que apesar do cristianismo utilizar-se do nome Lúcifer e Satã, como já foi visto anteriormente estes nomes existiam independentes da citada religião, e por isso mesmo referem-se a seres diferentes do demônio cristão.


Lúcifer e Satã têm que obrigatoriamente serem tratados como entidades diferentes para que possamos entender a diferença entre o o Luciferianismo e o Satanismo. Isso porque a diferença principal entre as duas escolas de pensamento está diretamente relacionada à idéia que cada nome possui embutido em si.


A segunda, utilizada por alguns satanistas, é o impacto que este nome causa nos dias atuais. É um jeito de chamar a atenção no meio de tantas informações, para então poder mostrar ao que verdadeiramente ele se refere.


O Luciferianismo é uma ramificação do Satanismo, e sua principal diferença para este é justamente o enfoque na procura pela sabedoria, ao invés da oposição. Isso pode ser facilmente percebido na análise dos nomes Lúcifer e Satã. Lúcifer vem do latim Lux, Lucis = luz Ferre= portador, ou seja, o Portador da Luz, enquanto Satan, de uma corrupção do nome do deus egípcio Set (Set-hen), em hebraico significa Adversário. O Luciferianismo é exatamente um aprimoramento do Satanismo, já que este é limitado em sua visão da evolução humana como necessária ao alcance desta divindade.


Mas como Lúcifer é aceito na filosofia Luciferiana? Há mais de uma visão, sendo este aspecto o utilizado para classificar o Luciferianismo nas seguintes denominações:


Luciferianismo Tradicional: É o aspecto Deísta da filosofia. Os Luciferianos Tradicionais são aqueles que acreditam em Lúcifer como um Ser, geralmente este identificado como sendo o próprio Cosmos, ou seja, um Ser que está em tudo e que sendo pleno, de nada necessita. É o "Deus dos inumeráveis números, que cria os próprios membros, que são os deuses". A busca predominante do Luciferianismo está no progresso do espírito humano, sendo que na denominação Tradicional, o final desta jornada resultará no alcance da unidade indivisível de homem e Deus, condição anterior e eterna. A filosofia de Plotino pode ser bem colocada aqui, já que segundo ela o mundo emana de Deus (Lúcifer) através de graus e a Ele se eleva e retorna. Ao contrário do que se poderia pensar, então, não há um culto a Lúcifer como a maioria das religiões cultua seus respectivos deuses. Lúcifer antes de tudo é cultuado no próprio adorador, pois ele acredita que sendo uma emanação de Lúcifer, se torna UM com Ele. Como no Satanismo, há diversas visões dentro desta própria visão, embora os dogmas que identificam a filosofia não possam ser quebrados. Afinal, sendo quebrados, se tornam outra religião.


Luciferianismo Moderno: É o aspecto Anti-Deísta da filosofia. Para os Luciferianos modernos, Lúcifer é aceito como um arquétipo. Não há uma crença em um Deus primal, sendo o homem visto como seu próprio e único deus. Esta visão Luciferiana é claramente influenciada pelo Satanismo Moderno iniciado por Anton LaVey, com a publicação da Bíblia Satânica. É uma procura pelo verdadeiro "self" sem se utilizar a idéia de alguma divindade por detrás dele, se tornando muitas vezes até mesmo extremamente humanista. A procura pela sabedoria neste caso também é com o intuito de se tornar um Deus, significando se tornar Senhor de sua Vontade através do conhecimento de si mesmo, porém sua eternidade não está em uma suposta outra dimensão, e sim na imortalidade de suas obras.


Luciferianismo Eclético: É a denominação mais subjetiva do Luciferianismo. Aqui se encontram aqueles que seguem os princípios Luciferianos porém os mesclam com outras culturas, podendo estas tanto ser pagãs ou não. Não há como descrevê-la justamente por ser muito ampla e apenas partilhar o dogma básico do Luciferianismo.


O Satanismo Gótico, criação da Igreja Católica Apostólica Romana, não é considerado como uma denominação Luciferiana, mas apenas um termo para identificar uma visão comum em nossa sociedade: a imagem do Luciferianismo como sendo uma religião de culto ao demônio, sacrifícios, missa negras e orgias realizadas em honra à Lúcifer. Alguma semelhança com os filmes de terror? Há muito mais semelhanças do que a aparente. O Luciferianismo Gótico na realidade nunca existiu como uma organização, embora esta idéia surgida na Idade Média para a condenação "justa" de "hereges" ainda exista e seja a causa da discriminação da sociedade com o assunto. Muitos não conseguem distinguir a ficção de um filme de um fato da realidade, pura ignorância originada da falta de informação que está tão presente em nossa sociedade. Dois textos devem ser consultados por aqueles que querem se aprofundar mais no Satanismo Gótico: o “ Malleus Maleficarum”, escrito em 1486 por dois sacerdotes dominicanos, Kramer e Sprenger, e “Compendium Maleficarum”, de 1620, da autoria de Guazzo.


Lúcifer jamais é interpretado como sendo o demônio cristão, ou seja, a personificação absoluta do mal. Tanto para os Modernistas como para os Tradicionais, sempre é visto como Aquele que possui em si todos os opostos, ambos se encontrando em equilíbrio. O que são os opostos senão complementos de si mesmos? Por que repudiar um e adorar a outro? Talvez os opostos mais polêmicos sejam o bem e o mal, devido à grande ênfase dada a estas forças por vários sistemas religiosos. O dualismo é a maior prova da ignorância dos sistemas monoteístas, onde há conflito entre a Luz e as Trevas, entre a carne e o espírito, onde o triunfo do deus do Bem só ocorrerá após a eliminação do mal. Esqueçamos o conflito entre estas duas forças, tão amplamente pregado por diversas filosofias. Pensemos ao invés deste conflito em uma harmonia, que traga o equilíbrio ... estas forças existem e podem exercer influência sobre nós apenas até serem confrontadas e conseguirmos transcendê-las. O bem e o mal são dois aspectos de um só ato; estão presentes dentro de cada um de nós e em toda a natureza. As polaridades antes de se chocar, se atraem, acabando por se completar e levar ao equilíbrio, e é aí que está sua importância. O homem não pode evoluir praticando apenas o bem, assim como praticando apenas o mal. Isto porque o bem e o mal são relativos, conceitos que mudam no tempo, em diferentes ocasiões e até mesmo de filosofia para filosofia. Só conseguiremos reconhecê-los ao vivenciá-los. Nunca devemos nos esquecer que todos somos seres únicos nesta esfera causal, assim como nas próximas até atingirmos a esfera do equilíbrio e plenitude, e por isso possuímos experiências, pensamentos, percepções e concepções únicas também. Afinal "todo homem e toda mulher é uma estrela", e todas as estrelas juntas formam apenas um ser maior, o Cosmos, ou o próprio princípio criativo.


O Luciferianismo não é uma religião fácil de ser seguida, ao contrário do que muitos julgam. Esta é uma grande ilusão de quem se arrisca a opinar sem ao menos tentar vivenciá-lo, já que o primeiro passo é romper com as idéias e regras impostas durante séculos a nós. É preciso além de muita determinação e força para se livrar destas amarras, se auto-conhecer e ter coragem de tornar-se seu próprio Deus. Não é uma religião para os covardes que se escondem atrás de uma mentira, preferindo sufocar seus ideais e até mesmo sua realização neste plano para obter a "segurança" de uma falsa promessa. Realmente é assustador assumir a responsabilidade da construção de sua própria vida, saber que somos os únicos responsáveis por nossos erros e acertos, por nossa tristeza ou felicidade, por nossa liberdade ou escravidão. Talvez seja este o motivo que leva muitos a nos temerem e muitos a nos respeitarem: o ser humano se acostumou de tal modo a viver na escuridão, que quando presencia uma luz ou a teme ou a admira ao longe, sendo poucos os que se arriscam a serem iluminados por ela.


O Luciferianismo é em geral transmitido oralmente e na maioria das vezes, praticado solitariamente. Poucos são os Luciferianos que o praticam em grupo, devido ao subjetivismo inerente a esta filosofia. Apesar de os princípios serem comuns a todos, o Luciferianismo só adquire realmente valor quando o praticante deposita nele as verdades que pôde contemplar dentro de si, sendo primordial descartar qualquer ponto que seja discordante com elas. Não é uma religião que se preocupa em ser aceita pela maioria; ao contrário, prefere se ocultar desta para que não ocorra nenhuma distorção de sua essência. Damos mais valor a um pequeno grupo de praticantes do que um grande número de "seguidores". Em nossa crença não há lugar para seguidores, e sim para mestres, já que o único mestre de cada um é si mesmo. Baseando-se neste pensamento é que toda ordem Luciferiana se propõe apenas a mostrar ao iniciado o início do caminho... conhecê-lo realmente e percorrê-lo, vai depender unicamente da determinação de quem é corajoso o suficiente para conhecer a si mesmo.
Fonte:
http://luciferianism.cjb.net/
Autora:Lilith Ashtart

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Jennifer's Body - Garota Infernal



Sinopse: Devil's Kettle é uma pequena cidade dos Estados Unidos, onde vivem Jennifer (Megan Fox) e Needy (Amanda Seyfried). As duas são amigas desde a infância e estão sempre juntas. Um dia, Jennifer chama Needy para ir a um bar local, onde tocará uma nova banda de rock. Só que, durante o show, um grande incêndio faz com que vários dos presentes morram. As amigas conseguem escapar, assim como os músicos. Ainda em estado de choque, Jennifer recebe o convite do vocalista para que conheça a van da banda. Apesar dos avisos de Needy, ela aceita o convite. Já em casa, Needy está ao telefone com Chip (Johnny Simmons), seu namorado, quando ouve um barulho estranho. Logo ela percebe que Jennifer está em sua casa, toda ensanguentada e vomitando um líquido estranho. A partir de então ela passa a agir de forma estranha, por vezes arrogante e desprezando os mortos no incêndio. Consciente de que é objeto de desejo dos garotos da escola, ela passa a atraí-los para depois devorá-los, literalmente.






Trailer:


terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Bloody Mary - Maria Sangrenta

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Bloody Mary  também conhecida por outros nomes como: Maria Sangrenta , Bruxa do Espelho ou Maria Degolada.
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Essa lenda urbana faz parte do folclore ocidental , e no ocidente é mais visto em filmes . 
Diz a lenda que se você pronunciar Blood Mary três vezes em frente a um espelho de banheiro , ela aparecerá atráz da pessoa que a invocou e arrancará os olhos do mesmo.
Mary foi executada há 100 anos atrás por ser uma bruxa ( nada comprovado ).
Esta historia teve origem nos Estados Unidos, e trouxeram para o Brasil com o nome de Loira do banheiro com algumas modificações.
    
     Outra teoria é que Maria foi traida pelo marido.Como ela era uma mulher muito bela vivia se olhando para o espelho. 
um dia estava muito triste e não sabia mais o que deveria fazer, Vendeu a tua alma ao Diabo e se matou enfrente a um espelho, ela ficou presa dentro do espelho até que uma pessoa disse Maria Sangrenta três vezes em frente ao espelho. Conta-se também que a primeira pessoa que olhar no espelho e gritar o seu nome 3 vezes ela matará, mas se outra pessoa for e gritar o seu nome 3 vezes pela segunda vez Maria é totalmente libertada do espelho e segue seu caminho matando todos que ela vê!!!.

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Natal Negro - Black Christmas



Sinopse: Refilmagem do clássico de terror de 1974, conta a história de uma fraternidade onde, há muitos anos, o garotinho Billy sofreu abusos de sua mãe. Ela acaba matando o marido para começar uma nova família com seu amante, prendendo Billy no sótão – para sempre. Quando a mãe de Billy engravida de uma menina e a trata com amor, algo que Billy nunca vivenciou, Billy foge do sótão e mata brutalmente sua mãe e seu amante. Muitos anos depois, as garotas que moram na fraternidade onde Billy passou sua infância são atormentadas por misteriosas ligações de um estranho na noite de Natal. Depois de algumas ameaças e intimidações, as garotas começam a morrer, uma a uma.


Trailer:

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

A Maldição Do Cigano - Stephen King

A Maldição Do Cigano

Um advogado gordo mata por atropelamento uma senhora que casualmente é filha do patriarca de um clã de ciganos. A vingança do velho se resume em uma maldição: Billy Halleck emagrecerá a cada dia, por mais que coma, até se transformar em nada mais que um feixe de ossos.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Celular - Stephen King

Celular

Sinopse - Celular - Stephen King

Onde você estava no dia 1º de outubro? O protagonista desta história, Clay Riddell, estava em Boston, quando o inferno surgiu diante de seus olhos. Bastou um toque de celular para que tudo se transformasse em carnificina. Stephen King – que já nos assustou com gatos, cachorros, palhaços, vampiros, lobisomens, alienígenas e fantasmas, entre outros personagens malévolos – elegeu os zumbis como responsáveis pelo caos desta vez.
Depois de anos de tentativas frustradas, o artista gráfico Clay Riddell finalmente consegue vender um de seus livros de histórias em quadrinhos. Para comemorar, decide tomar um sorvete. Mas, antes de poder saboreá-lo, as pessoas ao seu redor, que por acaso falavam ao celular naquele momento, enlouquecem.
Fora de si, começam a atacar e matar quem passa pela frente. Carros e caminhões colidem e avançam pelas calçadas em alta velocidade, destruindo tudo. Aviões batem nos prédios. Ouvem-se tiros e explosões vindos de todas as partes. 
Neste cenário de horror, Clay usa seu pesado portfolio para defender um homem prestes a ser abatido, Tom McCourt, e eles se tornam amigos. Juntos, eles resgatam Alice Maxwell, uma menina de 15 anos que sobreviveu a um ataque da própria mãe.
Os três sortudos — entre outros poucos que estavam sem celular naquele dia — tentam se proteger ao mesmo tempo em que buscam desesperadamente o filho de Clay. Assim, em ritmo alucinante, se desenrola esta história. O desafio é sobreviver num mundo virado às avessas. Será possível?



Fonte:Skoob.com.br

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Mirai Nikki

Sinopse: 
Yukiteru é um garoto que poderia ser considerado estranho. Com dificuldades de fazer amigos, para ele a vida não passa de um grande reality show, onde ele é mais um espectador. Tudo que ele vê, resolve anotar tudo em seu celular fazendo dele seu diário. Mais estranho ainda são as atitudes do garoto, que imagina dentro de seus pensamentos um Deus dominador de tempo e espaço.
Mas não era realmente uma imaginação… Yukiteru ganha desse Deus o poder de prever o futuro com seu celular, o seu “diário do futuro”. Porém nem tudo é tão bom assim: Yukiteru terá que usar seu poder para sobreviver em um jogo envolvendo perigosos assassinos e psicopatas, cada um com um poder especial em mãos.
Todos eles estarão concorrendo para no final de contas serem o sucessor de Deus. Como Yukiteru conseguirá vencer esse jogo? E quem é a misteriosa, apaixonada e perigosa Yuno?








Trailer feito por uma Fã com partes do 1° e 2° episódios 


Abertura do anime:


Imagens:
clique na imagem para ampliar





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Enviado pela leitora: Mazynha ^^

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

sábado, 3 de dezembro de 2011

Sweet Dreams - Marilyn Manson

Continuando com a categoria Clipes Macabros.
Não pode faltar o famoso Marilyn Manson, que em todos os clipes dele, tem um pouco de ocultismo!
Vejam o clipe Sweet Dreams de Marilyn Manson:

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Thriller - Michael Jackson

Nova Categoria: Clipes macabros!
na época, Thriller foi um dos clipes mais avançado em
efeitos especiais.
Ele merece estar nesta categoria, pois a dança dos Zumbies é muito legal kkkk...
Divirtam-se com este curta!



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